domingo, 31 de agosto de 2008

Super K

Incensada pela musa do movimento “clubber”, a cantora Madona, como uma droga cujos efeitos levam o usuário a se imaginar “num grande buraco, nadando fora de seu corpo”, o Special K, Super K ou apenas K está chegando às danceterias underground das principais capitais. Derivado de um anestésico usado em pequenas cirurgias de seres humanos e animais, o Super K tem efeito alucinógeno arrebatador. O prazer inicial pode terminar em convulsões e paradas cardiorespi-ratórias. O princípio ativo do K é a cetamina, principal substância do anestésico ketalar. Líquido na forma comercial, o medicamento é aquecido para se transformar em pó. Cheirar uma carreira de 5 centímetros de Special K equivale a uma carreira de cocaína do tamanho de um braço, por um quarto do preço. O Special K, no entanto, não gera euforia. Relaxa. Quem usa tende a falar arrastado, sentir moleza no corpo e ter falhas de memória. Anestesiado, o usuário não sente dor alguma. Pode machucar-se e nem notar o ferimento. Para conseguir esse medicamento/droga os usuários desviam as ampolas de Ketalar de clínicas veterinárias e hospitais, ou, simplesmente, encomendam a droga a algumas farmácias. É mais uma arma na roleta-russa que certos jovens dispõem a usar loucamente contra si próprios.

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